A natação traz inúmeros benefícios para seus praticantes: a melhoria da coordenação, do equilíbrio, da capacidade cardiorrespiratória, do tônus muscular, aprimora a agilidade, força e velocidade. Além disso, ainda desenvolve habilidades psicomotoras como a lateralidade, percepção tátil, auditiva, visual e, também, a sociabilidade e a autoconfiança.


O aprender a nadar está ligado à sobrevivência. Nos últimos anos as principais formas de afogamento foram de pessoas que não sabem nadar ou pessoas com excesso de confiança, mas sem técnica de nado. Por esse motivo, muitos pais procuram a natação para que seus filhos aprendam a nadar. E além desses pais, temos também aqueles que vão em busca deste esporte por orientação médica.

Este é um dos esportes utilizados para a reabilitação de crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA), porque além de todos os benefícios físicos, a natação ainda há melhoria na parte social e melhora da autoestima da criança. A fase de adaptação não é uma tarefa fácil, pois cada criança tem suas necessidades, além de diferentes graus de autismo -pode ser leve, moderado ou severo-, então deve-se respeitar os limites e acompanhar o desenvolvimento de cada aluno, destacando a importância de aulas planejadas para cada um dos alunos com necessidades especiais.


Crianças com TEA têm certo fascínio pela água. Nela conseguem relaxar e se adaptar mais facilmente ao ambiente. Através de aulas lúdicas, com jogos e brincadeiras, será possível fixar sua atenção e conforme a criança for criando confiança e se adaptando ao novo ambiente,ela começará aos poucos a interagir com os professores e colegas.

O autismo é definido como um transtorno complexo do desenvolvimento, do ponto de vista comportamental, com diferentes etiologias que se manifesta em graus variados. É um espectro de um distúrbio amplo o bastante para incluir tanto um portador de grave retardo mental, incapaz de falar, quanto um matemático ou físico inteligentíssimo, mas socialmente isolado. Assim sendo, muitas pessoas hoje se referem às varias manifestações do autismo – transtorno difuso do desenvolvimento, síndrome de Asperger ou distúrbio do autismo – como “distúrbios do espectro do Autismo”.

Nas duas últimas décadas, o interesse pelos possíveis benefícios do exercício físico com crianças autistas tem aumentado. As propriedades e temperatura da água ajudam no relaxamento muscular, amenizam os espasmos e passam uma sensação de bem estar e alegria. Atividades realizadas, no meio líquido, ajudam a aprimorar movimentos realizados em nosso dia a dia que, muitas vezes, não conseguimos realizar em outro ambiente.

Lucas Ribeiro. educador físico.

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